VINHO AMARGO
Não, não me interessa mais seu vinho amargo,
nem mesmo seu ópio inebriante,
não quero mais saber de suas intenções,
nem das reais, muito menos das fictícias.
Mentindo e traindo, pensas que triunfarás,
que acharás a felicidade,
seu dúbio olhar conduz a uma seara de ruína,
onde és prisioneira,
e não me interessa ser o carcereiro,
e peço, liberta os inocentes.
Busca a luz,
seja refém de suas escolhas,
mas não inclua inocentes em suas escolhas e em seu ardil.
Ao cair o último raio de luz,
de um dia especial,
de um dia de redenção,
terás a chance de tentar desfazer um elo de erros,
mas ao cair da noite,
somente uma mão será estendida,
e está mão estará gelada,
como o teor de sua alma,
e então,
tomará um cálice daquele vinho amargo,
e saberá o real gosto da derrota.
O ápice de um momento,
a queda, no escuro.
A infecção proveniente de um placebo,
Da escuridão e de outros espectros,
que te atormentam a mais de 400 anos,
viciosamente, como roda viva,
Continuarás ceifando,
esperanças, sentimentos,
vidas...
P.S.:Texto psicografado.
Preces são sempre bem vindas a nossos irmãos nestas circunstâncias.