PRECISO DO TEU AMOR!

Manoel Lúcio de Medeiros.

Sou um, sozinho, um solitário, um eremita!

Sou uma estrada sem asfalto e sem brita,

Por onde ninguém mais passa ou transita!

Sou esta flor sem perfume, que perdeu o seu jardim,

Sou este mar sem marés, que não tem mais maresia,

Sou este sal que perdeu o seu sabor, sem minerais,

Sou um insosso, uma alma insípida, um inútil!

Sou este sol sem luz, que perdeu seu brilho na distancia,

Sou este leste, o qual escurecido perdeu seu esplendor,

Sou esta fonte que secou, precisa dos ribeiros do teu amor!

Sou como um céu escuro, que perdeu suas estrelas,

Sem brilho, mas que necessita da luz dos teus olhos!

Amor! Ah Se tu estivesses aqui agora...

Eu sentiria um novo sol nascer na minha alvorada,

Eu presenciaria um novo dia romper na minha aurora!

Eu assistiria os cânticos diurnos dos pássaros,

Cantando em forma de coral, numa sinfonia matinal,

A comemorar o nosso reencontro de amor!

Falar-te-ia o quanto te amo, o quanto te quero,

Contar-te-ia somente aquilo que o coração mandasse,

E faria somente aquilo que meu peito pedisse!

Volta amor, pois a solidão é o tédio da saudade,

Que maltrata e prolonga a dor!

Regressa amor, pois a saudade é o pilar da amargura,

E a tristeza, é o véu das mágoas!

A demora sufoca e mata a esperança do coração!

Sinto-me como uma folha verde que perdeu sua cor na seca!

Venha meu amor, pois não suporto mais esta distância!

Venha, pois ainda encontrarás em tempo oportuno,

O calor que teu meigo corpo ainda anseia!

E os abraços que teus braços tanto esperam!

Volta, que eu te amo, preciso do teu amor!

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Malume
Enviado por Malume em 03/10/2006
Código do texto: T255184