SUA MAJESTADE A DOR

SUA MAJESTADE A DOR

O peito palpita forte ardendo em chamas provocando um aperto agudo a dilacerar o coração, o ar torna-se rarefeito, um grito do fundo da garganta se propícia a surgir e uma lágrima teimosa insiste em cair.

É sua majestade a dor que se faz presente invadindo a nossa mente como uma venenosa serpente a ceifar nossa energia com suas presas afiadas e bem treinadas de forma despudorada provocando imensa agonia levando embora toda a nossa alegria.

E nessa prolongada sintonia nossos corpos se ressentem numa desvairada e lamuriosa sinfonia orquestrada magistralmente pela rainha do dissabor sua majestade a dor.

Ela pode se manifestar de forma física ou psíquica, mas quando chega provoca uma hecatombe de sentimentos e vem com uma fúria devastadora que vai destruindo tudo a sua frente desde sonhos, desejos, expectativas e até mesmo as esperanças só deixando lamentos e tristes lembranças.

Ela não precisa de convite para se instalar basta uma simples oportunidade para ela se manifestar e começar a atuar! Sua ação leva a grandes reflexões sobre tudo que se passa conosco, o grau que sua majestade a dor pode nos influenciar, nos afetar e como podemos superar para não cair em seus braços que querem nos esmagar.

Como reza a sabedoria popular é nas adversidades e nas dores que o ser humano cresce como pessoa, amadurece, se fortalece para a dura jornada que é esse mar revolto chamado vida onde sua majestade a dor é apenas mais um obstáculo a ser superado com galhardia e com destemor.

Autor: Francisco Gilbens Bezerra Franco

Francisco Gilbens
Enviado por Francisco Gilbens em 12/10/2010
Reeditado em 14/10/2010
Código do texto: T2552148