OUTRA QUALQUER
Não se pode dormir com um barulho desses e eu quero brotar pro sol amanhã bem cedo para dedilhar no vento uma canção macia, beber a beleza do dia , espanar poeira das velhas gavetas (de guardar tranqueiras,) arrumar a casa e consumir com todas as certezas.
Vou embalar essas vozes numa canção de ninar sol poente; vou calar todos os versos; dormir sobre o telhado feito gato e lamber estrela cadente. Amanhã, bem cedo, serei qualquer outra nas tramas de algum poema.