PÁSSARO FUGIDIO

Asas quebradas, olhos embaçados. Ao velho pássaro restam, gravadas nas retinas, imagens de ousados e radiosos vôos, quando cada dia era uma nova aventura. Livre, sob o calor do sol, céu e mar ao seu alcance. No jovem olhar, o infinito, no frágil e fugidio corpo, o frêmito da liberdade. Hoje, a gaiola. Vida submissa. E o consolo: a caridosa mão que o alimenta. Só resta o cansado canto...