PERVERSA DISTRAÇÃO
(Sócrates Di Lima)
 
Andava pensando nela,
E nem percebi.,
Havia uma pedra no meu caminho,
Tropecei e meti a cara no chão.
Furioso, indaguei aos meus botões,
- De quem é a culpa?
Em quem eu estava pensando?
Da pedra ou da minha divagação?
Então, perguntei ao meu coração,
De quem é a culpa?
Ele respondeu:
- Pergunta ao seu dedão...
Olhei pra ele, coitado, latejava...
Nem quis conversa,
Perguntei aos meus olhos,
Eles responderam:
- Nos deixa fora disso.
Então me veio uma luz,
Indaguei a pedra e ela respondeu:
- Quem divaga com olhos molhados,
tropeça nas suas próprias lágrimas.
O que significa isso?
Ora...ora...pergunte ao seu amor Basilissa..
- Mas ela não está aqui!
- Eis a questão, respondeu-me a pedra..
- Quem é presente no amor, não fica desatento,
E quem vive de saudade, nada enxerga,
Se é presente no amor,
Pode ter mil pedras em seu caminho,
Delas desviaria,
Você seria como águas derramadas numa estrada,
Desvia-se das pedras sem incomodá-las e não perde seu rumo.

Ai eu vi a cobra fumar....
 
 
 
 
Socrates Di Lima
Enviado por Socrates Di Lima em 10/11/2010
Reeditado em 03/12/2010
Código do texto: T2606801
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