O AMOR A ESPERAR

Não tenho o amor de todos.

Ninguém o tem... Que ironia...

Tento viver o dia-a-dia

E já é o bastante para suportar

As coisas que não são como quero

Tudo que não posso aceitar

Não aceito, mas suporto

Sou madeira de lei e sei envergar

Envergo, porém não quebro

O abandono me fez forte devagar

Tenho espírito de uma rocha

Viverei mil anos para mudar

Tive amores que já não tenho

A muitos deixei escapar

Por ser imatura e jovem

Não tinha como valorizar

Fiz muitas escolhas indevidas

Não adianta lastimar

Recordar épocas já vividas

É uma maneira de avaliar

Que hoje não me venham

Com meias taças brindar,

Pois só me contento

Com taças a transbordar.

Viver qualquer situação...

Só por inteiro

De metades não se pode amar

Amar por inteiro já é pouco

Por isso ainda ando a esperar

Perdeu-se de mim no passado

Alguém com certeza em algum lugar.

Ainda há no hoje e no agora contido

Com dois corações precisando amar.

by Claire Fernandes

Claire Fernandes
Enviado por Claire Fernandes em 15/11/2010
Reeditado em 23/10/2011
Código do texto: T2616858
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