Ainda assim. Eu a amaria... sempre!

Pelo que sentia por você, fez-se livre;

num novo 'eu', tornando-me sensato,

para tudo, pensando num hoje;

relembrando, revivendo o ontem;

planejando, construindo o amanhã. Nosso...

Como num sonho, como num “passe de mágica”.

Como algo inesperado que, em sonho, se espera.

Acredita. Sem saber se ao menos acontecerá. Anseios.

Um sonho doce, alusivo, tão fictício que se fez real.

Assim é você, meu mel. Sorriso da alma.

Acalanto do ser, respirar da juventude. Eterna...

flor de matiz pura, inspirando ao aspirante poeta.

Nuvem. Carregada de sonhos. Meus. Para a vida. A dois. Nós!

Desejo. Tudo. Nada. Cada instante. Sempre. Você!

Realizo. Sonho. Constante. Criando. Sempre. Nós dois!

Onde caberia, divina inspiração, esculpida pelas mãos do Pai,

o resfolegar da alma que suspira, anseia pelo ver-te amada?

Como descrever, o sonho do poeta, amante, menino,

audaz, valente guerreiro, para sempre apaixonado?

Paladino. Herói. Gigante. Pensador... agirias ainda?

Ousarias, ó vencedor, cortejar a donzela amada?

Poderias tu, vassalo, ascender ao jovem coração suserano?

Caberia, acaso, num só corpo, incandescente que estivesse,

todo o sentimento de dois amantes: homem e mulher?

Realizaria ele, a obra dada a poucos? A um só!

Conquistar as afeições de quem cativou seus sentidos,

tornou-se proprietária de cada sentimento?

Única dona de cada célula em seu corpo;

amada, amante, companheira...

Amaria, ainda que hoje, num misto de certeza e confusão,

aquela a quem entregaste o coração do homem valente,

sabendo que o destino do cavaleiro solitário convergiria,

sem exitar, ao encontro do amor da criatura amada?

Atravessarias a vau os mares, se soubesses, que, hoje,

serias tua, a única a quem desejas? Para sempre...

amada, amante, companheira... magia da vida.

Sairias ainda, nobre pensador, de sua mente perspicaz,

embotada, talvez, um verso, único, de amor?

Dirias algo, bonito apenas, que a fizesse render-se?

Poetizaria, em seu nome, algo novo, palavras doces,

simples, corriqueiras, que jamais as tivesse ela ouvido?

Substituirias tu, plebeu, a plêiade dos poetas maiores,

para surpreendê-la com versos seus, ainda inacabados?

Leria ela, o que escrevestes? Agradaria aos seus sentidos?

Sim. Eu escreveria.

Talvez. Ela os leria.

Não. Não se surpreenderia.

Ainda assim. Eu a amaria...

… sempre!

jony marcos martins, 20/11/10

Jony Marcos Martins
Enviado por Jony Marcos Martins em 20/11/2010
Reeditado em 20/11/2010
Código do texto: T2626015
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