Silêncio

Deixei-me ao silêncio aquilo que introspectivamente se efetuara

Consequentemente transcrito ao meu quotidiano que enfadonho prossegue

Como se prescrevesse aquilo que outrora coexistia e ainda me delinquía enxergar

Deixe-me ao silêncio outrora choro incontido do amor rotineiro que não volta

Assim como o inelutável que não cessa que calado sofre as dores por não compreender o teu libertar que contrário ao meu desejo fora

Deixara-me ver o amor ao cego, a gritar paixão ao surdo

Pois tudo que se efetuou,existira apenas no calar do peito

Deixei-me ao silêncio pois ainda insistia em acreditar que na perfeição platónica

Encontrarias em mim aquilo que na verdade espreitava de ti...

Quão puro é o amar, ou seria inocente?

A procura das repostas que não se encontram gera apenas a estuga dos passos que percorre a ansia

Sendo o almejo da alma malogrado resta apenas perguntas que se tem como respostas apenas o silenciar do acto, facto! Ora como esperar respostas daquilo que muda sentias, não vive, apenas coexiste em meio ao desejo, achava-me erudito daquilo que nem mesmo me perguntara...

Desejo compulsivo de outrora um tanto enfático visto imprescindível

Hoje enclausurado,titubeando aos adereços do plano, vitimado daquilo que dantes fora o suposto efectivo e agora apenas o triste e amargo facto.

Deixei-me ao silêncio, não que minh’alma há de se tornar muda ou que ainda quisera balbuciar-te algo, apenas o meu desejo que ao tactear o sonho, impusera então ao acto, facto!

Assim apenas me desvaneci no silêncio...

Junior Antonio
Enviado por Junior Antonio em 12/10/2006
Código do texto: T262950