Meu Menino.
 

Em busca do meu menino

Utilizo como veiculo uma mulher irada. 

Cavalga o Griffon, besta alada. 

Revela-se amiúde, doa a cara a tapa.

Flor marginalizada, prisioneira das próprias carências.

Ri-se a irônica hiena...

A relva que revela a ácida fera do meu meio ambiente. 

Meu menino medroso, ainda teimoso, a noite quer brincar.

Brincar do colher melodias e mitos de alegria. 

Travesso, se dispõe do avesso, ramifica o fluido na veias. 

Antigas ascendências. 

Menino, menininho, bonito, meigo e fino. 

Revela uma estranha modalidade de irmão. 

Lasciva, muita lasciva te alimenta. 

Desígnio de buscar o relativo mais concreto 

Sob o olhar discreto da menininha à observar.

A menininha fragilizada mora entre meus olhos

Recua ante a verdade impronunciável.

Canta cirandas, gira em seu eixo. 

Tornozelos e coxas à mostra, retalhos de paisagem. 

Atravessa o portão, brinca de soprar dentes-de-leão

Menina serena, menino às avessas. 

Brincam em intervalos de jardins flutuantes,

Doam pouca importância ao antes, 

Anjo ou o demônio. 

Com a menina busco, com o menino reluto. 

Nela me acho.

Dele observo.

A batalha das borboletas 

Em campos de aço.