Tão cedo como o despertar da vida, ouvia dos pássaros um canto diferenciado, como se desejassem, alertar para os sonhos, tão adormecidos e ocultos, quanto perdidos e dispersos. E, ela ouvia ou sua vontade que há tempos ardia, fazia-lhe entender os ruídos que agora lhe pertenciam sonoramente: cuide-se, ouse, caminhe... Nada lhe seria possível se seus passos não a conduzissem a luta e, essa consciência perturbadora de que tudo dependia de uma atitude sua, servia-lhe de incentivo incômodo. Inquietava-lhe a ausência de objetivos claros, de certezas que antes pensara possuir. Sabia-se forte, sentia-se presente e, dentro do peito, traduzia a dor incômoda que lhe perturbava. Era necessário sentir!