Poema Torto.

Comi três pães no café da manhã que me caíram como um soco na boca do estômago.

Minha fome era doutras eras...

De noites mal-dormidas, de tombos e de vidas lançadas às feras...

Torto, feito um noctívago sonâmbulo, olho a pilha de falhas que deixei para trás, com um som ao fundo a hipnotizar-me o âmago...

E não me importo, sinceramente, com nada que deixei ou o que porventura vier a deixar...

Não sou santo nem profeta do além, e sei que aqui agora, apenas, é o que realmente vale, o caminhar...

Savok Onaitsirk, 15.07.10.

Cristiano Covas
Enviado por Cristiano Covas em 27/12/2010
Código do texto: T2693756
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