Plantio e Colheita

Amei tudo que tinha pra amar

Até secar a alma

Estranho, não?

Pois se o amor alimenta

Como sequei a alma?

É que era amor de um só

Amor...

Sem par...

Sozinho...

Infecundo

Amou-se todo

E não procriou

Morreu sem frutos

É hora então,

De arar a terra

Preparar novo plantio

A alma vazia

É a terra pronta

Que faz das lembranças

Um bom adubo

É preciso escolher bem as sementes

Sem ignorar as trazidas pelos passarinhos

Depois é só esperar...

Esperar...

Esperar...

Tereza de Bezerra
Enviado por Tereza de Bezerra em 09/01/2011
Reeditado em 09/01/2011
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