Não me detenham...

Quando escrevo nunca sei onde chegar...

percebo pontos,

não me importo,

não paro...

ultrapasso os três pontos para continuar

sem deixar escapar o campo dos girassóis...

Não adianta apertar os dedos

tentar segurar palavras,

elas são livres como eu

não são escravas nem tem portões ...

pouco importando a lama ou os porões ...

E jorram excessos ,excedem em sonhos

nos rascunhos ou em poemas

refletindo nos espaços vazios

neste que não tem donos

ausentes de qualquer olhar...

Incansável, sempre a algo procurar

mesmo as vezes a me enganar

sem descansar nas pausas

simplesmente me deixo jorrar

sendo cópia ou imitação...

A perfeição, o original

só encontramos no silêncio

portanto, melhor aqui parar

colocar o real ponto final

silenciar e pensar.

24/10/06

Maria Thereza Neves
Enviado por Maria Thereza Neves em 24/10/2006
Reeditado em 24/10/2006
Código do texto: T272233