____O voo d´Amor

Certa noite, prostrada diante dos negrumes céus d´uma metrópole, Samantha deparou-se c´Amor, e ela, em voz sibilante e imperativa, resmungou-lhe:

- Venha-te amor! Estou aqui...

- Vai-te amor, voa inflado com seu peito arfante

- Vai-te amor, não te cegas aos espinhos de tua rosa

- Ai amor, por que não te cansas em ser pensante?

- Venha-te amor, profiras poeticamente a tua bela prosa

- Voes amor, ao infinito das paixões eternas

- Voes o mais alto possível e além do impossível

- Jamais caias diante de palavras não sinceras

- Vai-te amor, voes direto, ao libidinoso e ao inesquecível

- Por fim amor, proliferes tua prole benfazeja

- Esqueça-te das dores e do espinho que fere

- Não permitas qu´eu para sempre enlouqueça

- Venha-te amor, voes direto para mim, tu consegues?

E assim, o amor sentindo o quão imensuráveis foram as palavras daquela humana, penetrou ébrio e efusivo, num voo rasante, em todas as cavidades daquele frívolo coração...

O Amor finalmente nascera, crescera e germinara naquele ser esquecido e perdido, fundindo-se então às vertentes duais daquela inóspita terra: o Amor e o Ser Humano!!

Tiago Tzepesch
Enviado por Tiago Tzepesch em 17/01/2011
Reeditado em 17/01/2011
Código do texto: T2734736
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