CADA UM SABE A DOR E A DELÍCIA DE SER O QUE É

Desde quando eu pude achar que ser letrado se traduz em tato?

Desde quando eu pude achar que sou invencível só porque brado ou vocifero meus ardis cânticos?

Desde quando eu posso me dar ao luxo de saber quais são as verdadeiras chances que a vida oferece? E quais descartar? Quais segurar? Qual é canastra limpa que leva a vitória no bate da vida?

Será que terei esperança o bastante para ser feliz?

“As pessoas mais felizes não tem as melhores coisas.” No entanto, eu possuo as melhores coisas...preço esse que sobe alto!

Só sei viver intensamente, só assim que vivo...e disso me vem as dores.

Todas as dores juntas, as que não serão, por causa da minha cabeça estreita. As dores que eu não sei se serão, pela minha cabeça ilimitada e larga. E as que eu já não posso fazer nada a respeito, pois são dores que já faleceram...

É uma pena que eu não possa desenvolver este racíocinio até o final, porque o medo da loucura é a falta dela, e eu me seguro no cotidiano palpável; já que escrever é o exercício da carne viva, da cicatriz exposta. E não tem mercúrio cromo que alivie a ferida.

Pois , “cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é.”

Espero que todos nós obtenhamos sucesso!

Helena Istiraneopulos
Enviado por Helena Istiraneopulos em 26/10/2006
Código do texto: T274181
Copyright © 2006. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.