MAMÃ ÁFRICA...Aiuéeeeeee! Aiuéeee!...

Crônica de: Silvino Potêncio (*)

Esta foi e ainda  é a minha/nossa forma de lançarmos " Um Olhar sobre a Mãe África do Século Vin-te... ( buscar para irmos para o meio de coisissima nenhuma!)... que é o futuro de tantos Filhos dela".
Assim começava uma crônica minha entitulada de "Um Bicho do Mato" na qual eu relatava o entendimento do Africano de Angola quando ele perguntava sobre como o Colono Transmontano que para lá emigrou desde os primórdios da Colonização; em Portugal não tem "bicho do mato"? 
​Mas...  hoje, não vos falo dessa crônica e sim vos trago aqui apenas um poema meu que escrevo de memória pelos quase 11 anos que lá vivi, e convivi em Paz comigo mesmo e com todos os que lá deixei. Amigos verdadeiros como jamais encontrei antes.
​- Inimigos? ... se os lá tive, há muito os esqueci!


( Poema número 008)
 
Inimigos do belo som romanesco...
Reais de habilidade e corpo pujante,
Cavalos de força com vida errante.
Prazeres da sombra de um cedro fresco...
Plantado na carne por um raio de sol,
Chegado do cosmos p’ro mundo do atol.
A fome e a peste se abatem...
Dos tempos de guerras que outrora,
A muitos deram louros e glória.
Mas... deixaram raízes que nascem...
Fazendo miséria nos povos de agora,
Infelizes sem lar pela noite fora.
Errantes sem sombra da humanidade...
Escravos de pais ou de seres incautos,
Animais de fé, sem raça nem idade!
Criadores de amor e de banquetes lautos!
Fingidores de alegrias em brados altos...
        Amam em silêncio,... sem sobressaltos!
(in: "Eu, O Pensamento, A Rima!" )
De: Silvino Potêncio - Luanda - Anos 70.  

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Silvino Potêncio
Enviado por Silvino Potêncio em 30/01/2011
Reeditado em 07/03/2020
Código do texto: T2761296
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