QUANDO CRIS NÃO ESTIVER POR AQUI

Quando Cris não estiver por aqui

Como vai ser?

Após vinte anos com Cris a mudança...

E desse tempo eu tive o privilegio de conviver com ela, mais de quinze anos, pois, desde a gravidez do meu filho Roberto, na época em que eu trabalhei pela primeira vez na empresa no ano de mil novecentos e noventa e cinco até agora dois mil e dez. E agora Cris vai embora, ou melhor, vai morar fora... E eu me perguntei: Como será sem Cris? Como vai ser quando procurarmos e não encontrarmos Cris?Quem vai auxiliar-nos? Quem vai nos ajudar nos motivar dizer que vai dar certo que vai conseguir Meu Deus!

Sei que ninguém é insubstituível, isso eu escuto, eu leio, eu sei; além de todas essas frases que estão prontas estão pré-elaboradas para justificar a viagem, a ausência, à distância e até morte também. Agora eu me pergunto: O que é que tem eu sentir? O que é que tem eu dizer? Enfim, qual o problema em apenas pensar, como será sem Cris?

É interessante como usamos certas imagens, figuras ou pessoas e ligamos quase que automaticamente a um lugar, uma cidade, uma empresa.

Por exemplo: Quem vai a Roma quer ver o Papa, os enamorados sonham com Paris, nordeste já indica calor, praia, sol, e se você tem um bom tempo de casa, é impossível pensar na supergesso sem lembrar-se de Cris.

E como eu gosto muito de brincar, quando apareciam os problemas ao invés de dizer Cris, eu dizia “crise”, por que onde tinha crise, sempre Cris estava por lá para matar a crise, criando mil maneiras de combatê-las, lutando e nos ensinando a lutar e vencendo os desafios constantes matando um leão a cada dia como ela sempre dizia.

E sinto um nó na garganta sabendo que faltam só alguns poucos dias, poucas horas para esse dia chegar... Exagero meu – Ela diria

E desde a madrugada de hoje que acordei pensando: como será sem Cris?

Meu Deus eu não saberia responder.

Eu sei que o futuro a Deus pertence, e eu não quero aqui me lamentar só quero registrar desde já, os meus sentimentos, a minha dor a minha solidão sem Cris.

Martiniana G.S.Ferreira

Araripina –PE/Janeiro/2011