Idílio de Amor

Através do choro, melancolia se põe negada

No convés do coro, idolatria se faz velada

(E já ia exaltada)

Adentramos no apocalipse pastel

Ao tom que deu dom à alma

Ao lúdico amar, ao revertério suavizado;

Memórias ao fundo, gotas de perdão

Um raso outro não, pouco senão

Havia nuvem trajando terno de luto

Arcanjo mudo, algoz e absoluto

Ao tingir da teia à meia e pouco peia, na veia;

Idílio de amor

Rastro de campo escancarado ao pascigo

Mastro de encanto escarpado ou passivo

Avante à luz, brilhante o pus a comparecer

No lado cavo da vida desarmônica como ‘ai’

Como nódoas que na aragem seguem e fervem

Uma penumbra de sol ao meu atol de réstia

Em lâmina armada, resto de ontem amanhecido

Longo despautério hirsuto e descabido rumo

No duvidar entre a mente vã e a riqueza sã

(E já não se acha anã).

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 29/10/2006
Reeditado em 28/02/2007
Código do texto: T277022
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