Um comprimido me basta,

Para esvaziar os intervalos,
Estes vassalos da agonia.
 
Todavia meu olhar aziago
Dita ainda agouros moucos,
Ao entardecer na via.
 
Poderia ser do copo o êxtase,
E se ainda fumasse
Este seria meu álibi a morte.
 
Onde conceituado concreto
Torna-se um azougue,
Que me envolve no cruzamento.
 
Qual o caminho?
Talvez o desalinho em si.
E o passo a frente no escuro.
 
E o cântico rumoroso das sarjetas?
Que façam a alegria dos exegetas!
Sou apenas um visitante aqui.
 
Por favor! Outro clonazepam...
 
 

Gerson F Filho
Enviado por Gerson F Filho em 23/02/2011
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