A hora da metamorfose (Pós-Escriptum)

Acabei de falecer...

E, ainda não sei perceber

Para onde estou indo arder

Procurei por uma placa de “Boas-vindas”

Não encontrei nenhuma, nada que me indique o que fazer

Consigo atinar-me só ao som das ondas e ao chegar das brumas

Caminho então, até o amanhecer, em qual direção?

Temo essa praia e não imagino como seria vagá-la em dispersão

Haveria de dia, barcos, aves, turistas e muita diversão?

Aguardá-lo-ei, mas não há nascer do sol convencional

Salinas, vento intenso e coçar dos olhos fazem-me muito mal

Rastejando passo horas, ergo-me diante ao lusco-fusco que me cega

Um inefável crepúsculo avisa-me e me absorve

Sinto e descubro que já é chegada...

A tão aguardada “Hora da metamorfose”

Marciano James
Enviado por Marciano James em 15/03/2011
Código do texto: T2849307
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