Sobre A Deusa Poesia II

No Espaço Infinito Do Poetizar a Deusa Poesia faz o Seu Ar.

A Deusa Poesia gera poetas de Seu Ar.

Todo poeta é Filho Do Ar Da Poesia.

Aqui Hécate contendo-Se toda em Si mesma como Una vaga comigo mostrando-me o caminho.

No Ar De Hécate teço a continuidade do meu poético procurar de um Caminho.

Nesta poética forma de falar da Deusa Poesia vou erguendo torre eterna desconhecida aos não-poetas e amiga dos poetas.

Mas, não há não-poetas.

Há somente poetas.

Todos são poetas.

Se choram, são poetas que fazem poesia com as lágrimas.

Se sorriem, são poetas que fazem poesia com os sorrisos.

Se nada fazem, são poetas que fazem poesia com o seu não fazer nada.

Não há não-poetas.

Todos assim poetizam.

E o que seria da Criação se todos não fossem poetas?

E o que seria da forma de todos os mundos se todos não fossem poetas?

E o que seria da Vida Eterna e da Morte Eterna se todos não fossem poetas?

Na Vida Eterna o acender poético é verso muito mais etéreo do que o Muito Mais Etéreo.

Na Morte Eterna o acender poético é verso muito mais iluminador do que o Muito Mais Iluminador.

Hécate e a Deusa Poesia na Vida Eterna.

A Deusa Poesia e Hécate na Morte Eterna.

O farol dos Mares Cósmicos acesos.

A lâmpada do Caminho Eterno à minha frente.

Deusa Poesia presente.

Hécate presente.

Na centelha do poema não-escrito fazemos Deuses em nós nascerem.

No pão centelha de poemas escritos acendemos as velas de aberturas de muitas paredes.

Abrimos paredes.

Alguns vêem o que está atrás de todas as paredes.

Outros passam ignorantes sobre o que vêem atrás de todas as paredes.

Hécate e seus lobos anunciam que devemos abrir todas as paredes.

A Deusa Poesia e suas pombas anunciam que devemos ver e compreender o que está atrás de todas as paredes.

Inominavelmente sou um dos lobos de Hécate.

Inominavelmente sou uma das pombas da Deusa Poesia.

Inominavelmente já abri muitas paredes.

Inominavelmente continuo abrindo muitas paredes.

Cada verso poético diário meu abre muitas paredes.

Cada verso poético nosso abere todas as paredes.

Quem tem medo de ver e compreender o que poeticamente há atrás de todas as paredes?

Quem tem medo de Hécate?

Quem tem medo da Deusa Poesia?

Quem tem medo de ser poeta?