DIAS DE AGONIA

“A vaca pariu

A bezerra sumiu

A “papo amarelo” (cobra) surgiu...

Morreu...

Os “caga-fogo” (marimbondos) sumiram

Assassinei-os...

A sombra se faz presente

O dia estar “meio que doente”

Mesmo com os raios fulgentes

De Inti...

Paira no ar uma energia preocupante

Na porteira o boi deitado,

Todo esparramado.

Não sei se cansado,

Estressado ou se foi picado

Eu estava pesado

Cansado, preocupado

Bezerro nascendo

Cobra na cancela morrendo

Marimbondos me picando

E sendo queimados

De tanto reclamar,

De dizer sem cansar:

Não tenho nada com isso!...

A mamãe Olija mandou para cá

Para me reconfortar –

Outro tipo de animal

Paulinho, Naiara e Luizinho.

Ficaram comigo,

Conversa agradável,

O ambiente se harmonizou,

O sol voltou a brilhar,

O ar pesado se dissipou.

Quando se foram

Quase meio dia,

Meu coração acelerou,

Na porta entre a sala e a cozinha,

Um ser se apresentou –

Olhou, sorriu e sumiu!”

RAYSAN DE SOUZA
Enviado por RAYSAN DE SOUZA em 20/03/2011
Código do texto: T2859575
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