derramar-me a ti

que é a poesia ,senão um descompasso de fala, uma vírgula no cotidiano, que se dá ao direito de fugir a mesmice e derramar doçura em um dia cheio de tons pestéis?

pois que me vejo assim. e nego-me a remar rio abaixo cativo, para dar razão aos quedizem que lutar é preciso.

então amor meu, e todos vós que leem estas parcas e humildes palavras, digo de mim e do que sinto, como forma de grito, dedizer do que sinto em meu ser por ter voce ao meu lado. sim, nestas letras apressadas e sem correção ortográfica vazo minha alma, para declarar meu amor por ti.

eu , um modesto pedreiro de obra, com pouco estudo, sem qualquer beleza, homem rude, de gestos simples, de labor pesado, me dou o direito de , entre um balde de massa e outro, rabiscar um coração em um pedaço de papel de cimento e por nele seu nome. então pendurar orgulhoso na parede, para no final do dia levar comigo, no bolso e na alma, a certeza de que tenho tudo que um homem poderia almejar na vida para se dizer feliz.

então Juciara,eu uma vez mais me recolho ao meu silencio de cada dia, certo que valeu a pena vive-lo,por ter seu amor como paga para equilibrar tantas agruras que por vezes a vida nos impõe.

assim,Ju,me resta dizer e digo em voz alta, que te amo de todo meu coração.

milt rezentos e vinte sete beijos,

de seu amado kiko.