- 4 - "Vinte e Nove Poemas"

Não sei havia a solidão como se fosse um jardim de Outono na proximidade da ventania ia pela marginal a marginal agora desenhada no nevoeiro e os barcos e os náufragos e os barcos distantes como a vida distante era o vento factual nas sílabas da noite pronunciava essa noite dos meus poemas havia a solidão de certeza era a solidão velada num impulso e queria imaginar ficar assim caminhando como a ave de um sonho assim ficava até amanhecer iluminado pelo frio do ar era um tempo sem destino queria um tempo sem destino e queria a realidade mais irreal mesmo um sonho incompreensível uma ave que vai na circunstância não sei se volto à marginal as longas avenidas e as noites sucessivas onde a mesma solidão permanece esses esses barcos esses náufragos talvez as áleas dos jardins de Outono talvez a solidão um jardim havia num cenário que parecia a claridade de um sonho o reflexo das aves devorado pela ventania da noite e era assim a perfeição.