UM NOVO DIA

A grande nuvem no ceu não é o bastante para encobrir o brilho de azul profundo. A vastidão do infinito deixa-se nublar por sombras parciais que divagam a esmo, derramando rios que afogam meus medos, invade a profundeza da alma e transborda, seguindo o fluxo do mar, onde deságua repleto de sentimentos, feridas abertas... O ardor do mar queima e dói, porque são recentes e só o tempo as fará cicatriz...

Esperou por muito tempo a chegada de um milagre, e seus olhos cegaram com a inebritante luz que a aqueceu...

Há um luzir no céu, são feixes que adentram e rompem o peito fatigado, derrubam paredes, secam as lágrimas e avisam que um novo dia chegou... E grita levanta, veja os campos verdes, a brisa, o canto dos pássaros. As folhas que caem servem de berço para as sementes que vão germinar e trazer nova vida , é a esperança que se renova quando a árvore feliz, equilibra seus frutos porque sabe que criou raízes profundas que a sustentam e a faz forte.

Onde pensou encontrar força descobriu fraqueza...

Na fragilidade dos seus pensamentos, encontrou os alicerces que a mantiveram e mantém...

Sandra Vilela (Eternellement)
Enviado por Sandra Vilela (Eternellement) em 02/04/2011
Reeditado em 12/04/2011
Código do texto: T2884949
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