VAZIO

Deito-me no silêncio dos meus passos pesados

E nem o eco soa na ressonância da escuridão.

Procuro-me na ausência dos meus braços cansados

E nem o abraço das palavras me abre movimentos.

Desencontro-me dos meus olhos sedentos

E nem a fonte que carregam mata a minha sede.

Descubro-me na inércia do meu pensamento veloz

E nem as fantasias que construo me alimentam.

Mónica Correia
Enviado por Mónica Correia em 12/11/2006
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