Um desabafo

As vezes temos apenas as palavras para abrir nossos corações, e assim me vejo, tenho as palavras e os sentimentos, mas não o ouvido de alguém.

Já chorei, bati o pé, mas de nada adianta, somos encarados como infantis e melindoros.

Meu coração transborda de sentimentos que devem ser afogados num mar de silêncio, e minha alma se lança ao mar da tristeza, o que dizer ou pensar? O que querer da própria vida, se muitas vezes sinto que perdi o rumo da minha própria vida, escrevo cartas a Deus, e a mim mesma, procurando um caminho nesse grande mar seco que a minha vida vems e transformando.

Não é que eu não tenha amor, não é que eu não tenha pessoas ao meu lado, mas o sentimento de ausencia sempre é presente, o sentimento de tristeza é constante, como uma onde que vai e volta rapidamente.

Uma vida que eu não vejo o sentido, não vejo o porque, e já passei da adolescência, já deveria saber para onde ir e como ir, mas estou aqui, sentada diante desse computador escrevendo palavras, palavras que gritam meu coração.

As vezes sinto que tenho alguma demencia, uma loucura que toma conta do meu ser e me faz me perder em mim, saber isso é ainda mais doente, não escrevo com o intuito de ninguem ler, apenas com o intuito de lançar ao vento meus sentimentos, minha constante tristeza, meu constante pesar, vivo em luto, apesar de todos os dias o sol nascer, vivo em luto apesar de de ter tantas pessoas que me amam e me protegem, sou uma ingrata, sim com certeza, mas queria saber o caminho a trilhar para poder sair desse ciclo.

Diante de mim mesma não me vejo, vejo um monte de coisas que eu não gostaria de ser, mas não tenho forças para mudar nada, apenas ver passar um dia apos o outro, sem sentido e sem luz.

As lágrimas ainda não se secaram, talvez por isso enxergue uma luz no fim do tunel, mas cada dia que passa a secura da vida penetra meu coração e me faz mais distante de tudo. è tão estranho fazer as coisas, sorrir e cantar, sem sentir vida, sem sentir a vontade, uma atriz no teatro da vida, uma atriz sem vida, diante a tudo isso, diante a toda a vida que se perde a cada dia que passa. Um desabafo, um desabafo apenas de uma alma que não ver mais nada diante de si, apesar de olhar aos seus e clamar que seu coração volte a pulsar, que a vida volte a correr em coração, pois de nada adianta os céus e o ouros se não há a essencia da vida, o prazer de aqui está.

Bruxa do Silêncio
Enviado por Bruxa do Silêncio em 12/04/2011
Código do texto: T2905246
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