ABSTRATOS

Eu te confesso que as vezes o silêncio me perturba.

Perturba de uma tal maneira da qual eu não consigo explicar.

Me dava uma agonia tão grande na época de escola,quando a professora dizia SILÊNCIO!

Era como se eu nunca mais iria ouvir algum som,como se eu nunca mais fosse ouvir a voz das pessoas...

Como se o som na saísse da minha garganta e eu não pudesse gritar mais...

Os sonhos foram feitos para não serem vividos...

Como?Como pode os sonhos serem feitos para não serem vividos?

É frustrante quando a gente percebe que nunca vai alcançar aquilo que almeja.

Sonho não é realidade...

São os sonhos que nos dão força pra viver,pra seguir em frente na batalha,esperando que um dia iremos alcançá-los...

Esse dia parece que nunca vai chegar...

Talvez a morte chegue primeiro...

E se morrermos sem realizar os nossos sonhos,então vivemos em vão?Pra que valeu todo esforço,todo sacrifício,se ele não teve retorno algum.

Isso me irrita...

Eu não consigo me controlar,to tão exausto que qualquer coisa por pequena que seja,me faz perder a paciência e eu explodo...

Perder a cabeça ficou freqüente pra mim...

E eu acabo magoando quem eu não quero,quem eu amo,por causa do meu estresse...

Doença moderna essa,que toma a vida da maioria das pessoas e a minha também...

Tudo me irrita,o meu trabalho me irrita,a minha família me irrita,a minha vida me irrita,o mundo me irrita...

Não faz sentindo algum...

Qual é o verdadeiro sentido da vida?

Trecho de um monólogo do jovem escritor de Rio Preto: Natto Ferreira

Damião um POETA
Enviado por Damião um POETA em 13/04/2011
Código do texto: T2907533
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