Um dia de chuva seca!
Meu dia começou estranho e completamente quente, o sangue que de meus olhos saiam sem minha permissão.
Meu pescoço doía como se eu tivesse dormido de mal jeito, mas não consegui dormir o silencio me fazia companhia junto a solidão.
Os barulhos que de fora vinham eram de chuva, chuva seca, chuva sem trovão.
Em meu coração isso me fazia ter pesadelos, pois meus olhos melancólicos sabiam que chuva sem trovão e como arroz sem feijão, é o sinal de que a vida vai mudar.
Me deitei na cama para que a sensação de morte passe, mas tudo passou, menos o não pensamento.
Você passou... a vida passou, a dor passou, as horas passaram, o dia passou.
A chuva ficou em meu coração.
Ela queria conversar com meus santos e anjos,
ela quis conhecer meus demônios e pecados,
quis brincar com os meus pesadelos e sonhos.
Um dia de chuva seca, pra molhar a garganta arranhada pela vida e pela ignorância era tudo o que eu pedia, mas quando recebi não quis aceitar e agora o que me sobra é a esperança da noite de lua cheia, e que ela venha com perfeição, mas que não roube a minha alma, pois a chuva já roubou o meu espirito e iludiu o meu coração.