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Eu sigo, numa terra de NuNcA,

Mentirando verdades minhas

Sou dona do meu próprio universo.

E guardo entre portas de chumbo

Estes cofres de sensações que a mim cabem

Porque amo codificar o mundo que há em mim...

Não importa a resposta, sequer a questão

O que importa e a gostosa sensação

De invocar outros novos sentimentos...

Ventos, brisas, tempestades;

Meias palavras, inteiras verdades;

Máscaras que caem ao relento...

Que importa tanto solo barrento?

Velhas insanas na janela,

Velas acesas... amarelas...

... é tudo o que me apraz

E limpo a eira com brado vivaz

Como a arrancar alegorias falsas

Ou plumas carnavalescas de ilusões...

São lúcidas confusões

A falar de códigos só meus

Nada que ao mundo caiba,

Deste mundo que tenho em mim...

Mas posso falar sem mácula

Ainda que não seja entendido:

Não é o intento perseguido

Em todo verso que eu teço...

Nem adianta holofote

Ou mesmo lupa qualquer

Pois meu verso não quer

Ser jamais compreendido.

xll CLaRa Lee llx
Enviado por xll CLaRa Lee llx em 27/04/2011
Reeditado em 27/04/2011
Código do texto: T2934456
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