Prado, pasto, vasto e casto

Para a vaca era o pasto

Para chegar era tão vasto

Pradaria de grama

De feno uma gama

Imenso chão de jardim

Que não tinha jasmim

Que perdeu o perfume

Mas guarda seu lume

Para quem faz o passeio

Faz na alma um asseio

Anda de lá para cá

No canteiro de manacá

Colhe um fruto mais tolo

O menino maroto

Com um gorro tão roto

Mas que não lhe tira a graça

Como se em uma praça

Ganhasse um sorriso

Servindo de aviso

Que naquele imenso salão

Pulsava um coração

Que ia além da cerca

Mas que nada se perca

No éden de verdade

A menina castidade

Alimentando um anseio

Com a beleza do seio

Provocou o menino tão casto

No capim meio gasto

Que para a vaca era o pasto

Roberto Chaim
Enviado por Roberto Chaim em 02/05/2011
Reeditado em 03/05/2011
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