Outro eu

Para FPsi, pelo trabalho que

realiza junto às pessoas que

lhe chegam, trôpegas, e dela

saem mais fortalecidas para o

enfrentamento do mundo e da

vida. Trata-se de um trabalho

socialmente imprescindível, no

qual essa profissional se

lança de cabeça, faz-se amiga

dos semelhantes, torna-se,

para eles, o outro eu.

“O amigo é um outro eu. Sem amizade o homem não pode ser feliz” (Aristóteles).

Alter ego, o outro eu.

Seu assento é na confiança e na amizade.

Alter ego é eleito.

Auxilia a subir a montanha e, do topo, faz ver melhor a planície.

Ele não enforma. Quando muito, dá o ombro à construção do estilo.

Vinculamo-nos a ele não para reproduzi-lo, porque a sede é de individualidade e liberdade comum.

Auxiliar do ser, o alter ego investiga o que se passou em busca da vida de agora, reconcebendo-a à gratuidade da doação.

Todo olhar, ele vê o lenço embebido em lágrima, às vezes pré-histórica, antevendo o alívio da sutura.

Analítico, constata a desordem e propõe equilíbrio, o autovalor.

Ouvidos, abre portas às palavras, mesmo que invólucros de raiva, revolta, medos e até sentires doces e bons.

Seareiro, sua colheita é diária: insights redondos, risos na descoberta, introvisão ajustada, cosmovisão realista, integridade resgatada, prazer de viver, plenitude do que se é.

Alter ego: seu exercício é clarear os olhos, quantos possamos ter, ou suportá-los em companhia, como quem faz do lado a lado um modo de criar e vibrar com a obra que realizou.