Para todos os Poetas
A poesia é uma inspiração poética rompida, desabrochada, sem extremos. Melhor dizendo, sem um término em si mesma. É de um lirismo que enaltece e canta, simulando contar, mas, também é de uma exaltação que sofre, se fazendo de alívio em uma ilusão instigante. Ela é a palavra do poeta que faz, que restabelece, mas, na verdade machuca e fere fundo o cotidiano cinza do nosso mundo sem amor e com tanta indiferença, pois o nosso humor se vai aos poucos, deixando só o nosso parasitismo, é o tédio da promiscuidade que desespera, num mundo que nos vende tudo, em troca de nossas vontades supérfluas. A poesia é de um lirismo amargurado, fora de moda e de uma inspiração cruel, pois causa inveja e uma impotência por não saber compor um poema assim.
O poeta é um arquiteto, um inventor, que faz do amor uma ferramenta maleável que sente, nos versos que luzem em palavras intensamente. Vagando por aí inspirado pela semente dos que vieram antes dele, numa maravilhosa poesia lírica e universal de Camões, Bocage, Bilac, Baudelaire, Rimbald, Drumound e tantos outros que com seu lirismo fantástico ainda nos fazem sonhar.
Herr Doktor