Destino

Caminham, o homem e sua sombra, na infinita viagem a que foram destinados. Poeirenta, a estrada, tão velha quanto o homem, parece não ter chegada, contrariando assim a missão sagrada de todas as estradas, que é a de oferecer lugar onde ir a quem nelas acredita e caminha.

Incansáveis ou já completamente desesperançados, homem e sombra, impassíveis, cumprem seu destino sem que seus olhos revelem seus sentimentos.

Homem e sombra já caminham há muito e os pés do homem, impiedosamente torturados, não desistem deste caminhar, apesar do sangue derramado.

O destino os aguarda, afinal!

Seja ele qual for...