Um Punhado De Dor ( Ruinas Cerebrais )

Há uma crise distorcendo a realidade

E um abrigo, um lugar qualquer não se acha.

Encontrei no meu interior uma saída, mas

Não leva a lugar algum, me deixa ansioso

Tantos muros negros a minha volta.

A todo tempo dependo de um guia, algo que me mantenha em movimento constante, pois

As linhas do Rio Profundo me prendem e puxam

Tentando afogar-me num mar congelado de memórias falsas e pensamentos impostos falsos.

Mesmo com tantos conflitos ainda posso sonhar...

Aqueles comigo, que carregam um fardo pesado, jamais serão esquecidos...

Preso num pesadelo eterno, é como

Enjaulado na escuridão,

Eu sinto a cada minuto

E queimando estão meus olhos, minha pele, meu corpo nas chamas do medo!

A fúria em minha cabeça, o medo da solidão

Que me impulsionam a cortar paredes com minhas garras para alcançar a liberdade novamente

Os pesadelos, olhares, perseguições, mares vermelhos

São barricadas que fazem imperdir-me de enxergar a verdade.

Sinto forças brilharem nos confins da minha alma

E as utilizo para inflingir danos às barricadas

Mas às vezes é tão pesada, tão dura minha dor

Que sinto poder tocar meu cérebro com os dedos

E na depressão não encontro a superfície, logo sinto-me sufocando.

Mesmo agarrando-me à verdades, despedaçam-se as pílulas do doutor de cabelos brancos

Logo vejo-me rastejando num pântano negro,

Cercado por criaturas mortas e podres

A carregar um punhado de dor e ruínas cerebrais...

Wess Thorns
Enviado por Wess Thorns em 01/06/2011
Código do texto: T3007544
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