Só quero um ópio
Não tenho e não quero mais ninguém
Só quero um ópio para minha infelicidade congênita de mim mesmo
Que transparece no meu suor viscoso mas inodoro
Mesmo assim me olho e me chamo de porco
Porque meu escárnio não me consola mas me controla
Desse poço de merda que me enfiei
Não sei se vou querer ter descanso
Costumeiro é o infame
Conformidade com o real dos fatos
É relato de um botão mentiroso
Que é acionado pra encobrir os pecados
Melados, desalados e calados
Ponto final nesse esterco pelo amor de Deus!
Eu estou ludibriando a mim pra não... de novo.
Sentimentos esquizofrênicos
Que se manifestam em vontades bipolares
Como espectros vagam entre:
– Consciente, inconsciente e subconsciente da minha mente.
Tente! Esquecer que leu, que não fui eu, ninguém perdeu
E o semblante já não é o mesmo, logo, que esmoreceu
Que faço eu? Fingir que o amor venceu?
Minhas palavras alegam sanidade?
Será que do meu governo, elegeram uma perspicácia de esquerda?
Não darei reticências... (me contradigo...)
Aaai! Essas "fisgadas" que a vida me deu...