Roubaram nossos sonhos

Repousa um livro sobre a mesa

Esquecido no tempo e no espaço.

Uma porta se abre, o vento entra

As folhas saltam, num balé irônico

Querendo dizer: “_ venha ler...!”

E o invisível ser

Que neste mundo se adentra

Despercebidamente também passa

Olha, mas não enxerga...

Perdeu a essência de ser,

De sonhar, amar e chorar.

Agora uma janela se abre...

O vento num grande redemoinho...

Põem outros livros a desfolhar-se

Sobre mesas e prateleiras...

São as velhas histórias,

De cantiga, de amor...

São os segredos de Pandora

Tirando os nossos sonhos,

Rindo de nossas indagações.

O balé cessa e,

As folhas amarelam-se diante do tempo.

SÔNIA SYLVA
Enviado por SÔNIA SYLVA em 14/06/2011
Código do texto: T3034414