O NOSSO PÃO

Essas rabeiras de lembretes

São luxúrias precordiais

No vão leso da mente

Vão recitando coroas de flores.

Tais olores me enojam

Quais os lumes que me pejam?

Ao afã medido e raso

Precipício e servidão.

Não se descolore a alma

Nem se olvidam os males

Incipientes maços de acelga

Acetinam, amargam o fel.

Entretanto são nuvens a desajeitar-se

Esparso céu, mundano de vez

Em grises méis de alcaçuz

Tenho na imensidão, o pão e a ceia.

Cesar Poletto
Enviado por Cesar Poletto em 29/11/2006
Reeditado em 23/04/2008
Código do texto: T304615
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