As belezas e os mistérios do universo

Com os trombones a tocar nasce um novo dia. Com a orquestra do infinito, os primeiros acordes são dedilhados. A imensidão começa a ganhar cor. A beleza começa a definir-se pelo brilho que a contrasta. Quando as harpas são tocadas, anjos dançam sobre a cabeça dos meninos que dão seus primeiros passos. O sol desenha quadros de beleza inexprimível, e jorra cores por todo o céu transformando-o em melodia as cores, que somente e paradoxalmente podem ser ouvidas e sentidas, não vistas... Tantas cores que fogem ao céu e ganham a Terra, laçando magia e alma a todas as coisas...A vida começa a nascer, as borboletas começam a dançar uma harmoniosa sinfonia que somente, somente elas podem ouvir. E os pássaros cantam a grandeza e a beleza daquilo que a noite escondeu, e com o brilho do sol, veio a aflorar. As flores também dançam, ao ritmo do vento que sopra. A vida, a natureza é um infinito e incessante dançar, que nós deveríamos parar para admirar as sutilizas e as nuanças, olhar cada ser vivo, e cada coisa que compõe o quadro infinito que Deus pinta todo dia...

Se o amanhecer é belo, a noite também é, pois a mão que pinta o dia é a mesma que traça as belezas da noite. A mão macia que traz a beleza do silêncio, este silencio significa paz, tranqüilidade, uma paz que faz voltarmos a nós mesmos, enxergarmos a nossa vida como algo transcendental. As estrelas são um reflexo do brilho daqueles que sonham dar a luz àqueles que se encontram na escuridão: apesar da infinitude do universo em seu azul profundo que tenta as abarcar e as esconderem, elas persistem em brilhar, em iluminar o máximo que podem, levando seu brilho àqueles que moram na escuridão. A lua, poeta da noite, mescla-se com as estrelas, e a sua dança silenciosa, traz mistério e paixão àqueles que a olham. A luz da lua, não tão forte como a do sol, não menos fascinante que do Astro Rei, mostra-se misteriosa, sutil, porém poderosa, apta a paralisar-nos por instantes somente fixando-a com o olhar, como que hipnotizados por tal beleza.

Cabe a nós cantar as belezas do universo. Cabe a nós, dar continuidade a esta beleza. Nossas mãos são criativas a imagem e semelhança do Arquiteto e Poeta universal, cabe a nós continuar construindo e pintando as belezas do universo. Assim como uma estrela brilha sobre um pequeno fragmento do céu, assim somos nós, que pintamos fragmentos, pois na pequenez de nossas pinceladas, o universo fica mais cheio de cor, repleto de vida, de magia e de poesia. Em cada pincelada mora o segredo da vida, e com cada pincela nos aproximamos deste mistério.

Chesman Emerim
Enviado por Chesman Emerim em 29/11/2006
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