Incontáveis noites, desejando ser seu...
Por diversas vezes, querida minha,
tentei eu esconder a mim mesmo
tudo que outrora, ainda inerte,
perdido em pensamentos vagos,
por ti, amada donzela, sentia...
em silêncio, sofrendo, chorando, só.
Por poucos instantes, suficientes,
percebi que nada poderia ser feito
em favor do miserável ser. Amante.
A não ser, o que já se sabia ser inútil...
a mim, a ti, a todos, a nós. Inútil.
Por incontáveis noites, sonhei. Desejei.
Quis ver teu rosto, coladinho ao meu
por um segundo, um instante. Eterno.
Ao menos a mim, não sei para ti...
seria assim, tudo isso, ao menos bom.
Por poucos dias, estivemos distantes
de corpos, corações, alma, ser... enfim,
tudo que para mim seria o essencial
e que poderia mudar tudo. A meu ver...
não sabendo como o vias tu, a distância.
A verdade é que mesmo em noites vãs,
perdi tempos e momentos, sonhando
com o novo dia, a final manhã, onde
teríamos o nosso viver, vívido...
ainda que, para ti, talvez não imaginado.
Jony Marcos Martins, 06/06/2011