Incontáveis noites, desejando ser seu...

Por diversas vezes, querida minha,

tentei eu esconder a mim mesmo

tudo que outrora, ainda inerte,

perdido em pensamentos vagos,

por ti, amada donzela, sentia...

em silêncio, sofrendo, chorando, só.

Por poucos instantes, suficientes,

percebi que nada poderia ser feito

em favor do miserável ser. Amante.

A não ser, o que já se sabia ser inútil...

a mim, a ti, a todos, a nós. Inútil.

Por incontáveis noites, sonhei. Desejei.

Quis ver teu rosto, coladinho ao meu

por um segundo, um instante. Eterno.

Ao menos a mim, não sei para ti...

seria assim, tudo isso, ao menos bom.

Por poucos dias, estivemos distantes

de corpos, corações, alma, ser... enfim,

tudo que para mim seria o essencial

e que poderia mudar tudo. A meu ver...

não sabendo como o vias tu, a distância.

A verdade é que mesmo em noites vãs,

perdi tempos e momentos, sonhando

com o novo dia, a final manhã, onde

teríamos o nosso viver, vívido...

ainda que, para ti, talvez não imaginado.

Jony Marcos Martins, 06/06/2011

Jony Marcos Martins
Enviado por Jony Marcos Martins em 21/06/2011
Reeditado em 21/06/2011
Código do texto: T3049195
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.