Num Dia Como Esse
De volta à casa
Debalde, velha morada
Por rotundas histórias
Transcende o gelo que pinga
Seita de famigerados cães... macérrimos
Polias ensangüentadas emperram
Num dia como esse?
Massapé escorrido dos arrimos
Vem-me à luz das alvas cáries
Donde o limo mal-nascido
Cava por circunstâncias equivocadas
Não sangra mais nem nada
Pode ser machado, pode ser pitada
Num dia como esse?
Pressuposições ardidas na sacola
Resplandecente argola abluindo a face
Um através no pascigo d’alma
Lóculo almofadado espreita o corpo
Sempre tem o antídoto, nunca
Sabe da bica a origem, inveja
Num dia como esse?
O decaído anjo morto
Da sombra fez esgoto
Fulminando a sede do pote
Sua desventura é meu forte
Apolo em suas liras, escravidão
Manteiga de cacau rachado, sequidão
Num dia como esse? Ah!