DESPERTAR
É momento de transição, travessia, reavaliações.
Reexamino metas, busco propósitos. Adoto-me.
Volto-me para dentro. Desperto-me.
Quem sou? Que faço com o que sou?
Dispo-me e coloco as máscaras no chão.
Decodifico-as e deixo-as ir.
Tento não perder de vista que o mundo à volta é de minha criação.
Não sem dificuldades em visualizar, separar o joio do trigo.
Agressividades, chantagens emocionais me dão a medida
do quanto minha transformação movimenta.
Pessoas afastam-se.
Dói, ver nos outros o sofrimento que causo
com minhas novas posturas e propostas.
Por vezes sinto-me isolada, inadequada.
Mas passa. Firmo-me no que sou.
Desnecessário me saber aprovada por outros
mas, antes, por mim, tão exigente e intransigente.
Passo a me amar: Clareza de saber a quê valorizo.
Aceito-me e penso: sou criança, há tanto a aprender.
Não posso desistir de mim.
Coloco-me em primazia e faço minha parte.
Preciso de tão pouco para ser feliz...