ZÊNITE

Em tempo, suave e incisivo clima, qual vento no céu

Incontido, sorrindo exangue, à noitinha que o saboreia

Desejo do tato apartado, pego em fogo bailarino

Que lambe, enrosca e não se apaga, lascivo sexo vibrante

A correr louco e espiralado por quenturas evidentes

Súbito grito absurdo faz-se, num falso sentido dúbio

Qual temporal nos nervos, o mistério que violento sinto

Propagando-se, e ecoa, no apalpo de denso pressentimento

Em força que de si deriva, cegando a visão azul

Que a própria maravilha cobra ao infinito livre e eterno

Miguel Eduardo Gonçalves
Enviado por Miguel Eduardo Gonçalves em 05/07/2011
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