PRIMEIRO AMOR
Uma vez ou uma vida inteira.
Uma menina nos seus sonhos dourados de adolescente, sonhou e amou. Com toda a força, em toda a sua plenitude, o amor de sua vida.
O seu primeiro e único...
Aquele que iria tornar-se para sempre o seu príncipe encantado.
Conservou-o...
Colocou-o no seu íntimo, mais profundo...
Aquele amor que tanto desejou, que ao passar dos anos tornou-se forte, e o tempo não conseguiu apagar de sua alma, e de seu pensamento.
Um amor puro, calmo, ingênuo, como todos os amores de adolescentes, muito embora, depois de tantos anos decorridos, tantas coisas terem acontecido...
Essa menina, que agora é mulher, possa conservar, não tão abertamente, porém mais recatadamente, voltada para dentro de si aquele amor que dominava todas as horas da sua vida, que por circunstância que a lei da vida impôs tem que resguardá-lo em seu ser, nem sequer, confessá-lo a pessoa amada...
Esse amor que antes era possível, e que tornou-se por tudo, e por todos impossível, inconcebível, porque não dizer tarde demais, para um amor que uma menina sonhou...
Belém, 06h50
Obra: Gotas