Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo

Não precisou ver as lágrimas escorrerem até a maça do rosto daquela menina para deduzir que ela estava chorando. No cinema, sentado numa poltrona vermelha, dessas bem confortáveis, com algumas folhas no colo rabiscos de um sonho passado, parou para ouvir o pranto. Através daquele som soluçado sentiu que havia dor e não alegria. Ela servia cafés aos clientes enquanto sofria. Fodam-se os clientes! Entre as paredes de uma garganta havia gritos abafados. O sangue manchou o chão. Confusão! A ambulância iria rasgar o trânsito com o som de sua sirene. Agora longe, ele não parava de pensar em todo aquele acontecimento. O que leva á atentar contra a própria vida? 18:00 horas - O filme vai começar.