E AGORA...

Será que existe dimensão para a dor... Para o não ter, para o partir, o se partir, o não achar, o desistir, o nunca se encontrar em alguém, em algo, em nada... E caminhar, ou se esmigalhar sem saber se um dia conseguirei retornar, retomar o caminho perdido, me reencontrar, me olhar num espêlho e me reconhecer. Catar a alegria perdida. Os pedaços vão se esfarelando pelo caminho e o que antes era luz, torna-se treva. Os sonhos se desfazendo como fogo-fátuo.

Torna-se impossível contabilizar os desencantos que os cantos não amenizam. A dor de viver acontece. E entro num labirinto sem saída. Esbarro no irreal que passa a ocupar meu real como saída para encontrar o fim do túnel.

Uma mistura de sim e não, de passado e presente, de permenentes derrotas, de mínimas vitórias invade meu processo de avaliação de vida.

Onde o erro, onde a quebra, onde a negação... Em vão tento descobrir, já que por ora só me resta engolir mais essa lágrima que insiste em escorregar pelo meu rosto.

E agora...