Soberano

Diáfano, teci estrada na lida da vida. Deixei rastros pegajosos para fixar o ouro que reflete as crenças que ruminei. Julguei missão bem cumprida.

Subi no palco dos sonhos para encenar a felicidade, topei com a censura mais torpe querendo cassar a minha consciência. Pura indecência... Inocência!

Prossegui!

Valeu a ousadia da escolha pelo abstrato que se fez tão concreto. Se não tentasse, decerto hoje eu leria: aqui “jaz-se”, morto dentro de si!

Arejado, estou tão leve que hoje plano ao sabor da brisa soprada pelas palmas dos anjos, que são aplausos de quem entende e sabe reconhecer a arte pura do amor.