Ainda havia claridade na floresta,
ela havia corrido muito
e descansava sobre o mato úmido,
nao podia mais ouvir 
o perseguidor.

Mas os sons da florestas eram
intensos.
Os sons da sua própria respiração
o som do pulsar do seu sangue
nas veias.

A batida do seu coração
era o que o atraia mais;
sabia que era perseguida

Um pássaro jogou
folhas sobre o seu corpo.
Um galho foi quebrado
a alguma distância.

Ele estava por perto,
o bufar da sua respiração,
o  seu halito e cheiro era 
reconheciveis.

A floresta agora era a dona
do seu destino,
ja selado desde que começara 
a fugir.

Tentou se erguer mais uma vez,
impossível se mover
como picada por algum paralizante;
deixou que ele chegasse bem perto.

Não ouvia mais os pássaros
ou os sons da floresta.
nem os seus próprios sons.
Ele farejava.

Ele mordeu seus lábios até
sangrar.
nao entendia a sua língua nem de 
onde viera,
mas cravava as unhas nas sua costas
como se quissesse arrebentar.

A perseguisão chegara ao
Final
Ainda sentiu um sorriso esboçar
nos seus lábios ensanguentados
e nos dele carmim.

As lágrima nao podiam deixar 
de escorrer. E na
mistura de lágrimas,
os rostos tao próximos
podiam experimentar...

A sensação da pequena morte!


Ana Pujol
Enviado por Ana Pujol em 18/08/2011
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