Meu Sonho

No silêncio da noite caminhei solitária a olhar o céu e os astros que se movem nele. Senti-me tão pequena frente à imensidão do universo que me cercava. Parecia-me que muitas mãos tocavam meu corpo e cada uma delas me puxava em uma direção.

Mas não queria ir. Nem quero. Sei que direção devo tomar e é nessa estrada que gostaria de ficar. Por que querem me afastar?

Compreendi em partes, como se movimenta o universo de estrelas e confesso, me doeu até o fundo da alma saber que no mundo da lua, não passo de uma mísera fagulha que acende e apaga, dependendo do vento que nela direciona o seu sopro.

Se assim for, não tenho mais porque sonhar. Não tenho mais porque lutar. Vejo que caminho, luto, caio, levanto-me e sempre de novo me derrubam ou me levam para morrer.

Seria esta minha sina? Nascer e morrer em mim mesma tantas vezes, até desaparecer ou misturar-me ao universo sem fim, como pó que a roda da vida amassou?

Pressinto pelas lágrimas de dor enluaradas, que mais um ciclo de vida está se cumprindo e que a morte vem chegando.

Se morre a lua, morre o sol também. Um não tem como sobreviver sem a existência do outro. São astros necessários à continuidade da vida na terra.

Não entendo do tempo, não entendo dos astros, pois não os estudei.

Mas uma coisa queria dizer: Nunca abandonei ninguém. Nunca me afastei ou deixei alguém que amo sozinho nesta caminhada. Sempre lutei desesperadamente todo esse tempo para ficar junto, ao lado....

Esse sempre foi o meu sonho !

Maria
Enviado por Maria em 14/12/2006
Reeditado em 17/10/2011
Código do texto: T317721